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30 setembro 2016

Trechos do livro "O Arroz de Palma", de Francisco Azevedo



"Família é prato difícil de preparar. 

São muitos ingredientes. 

Reunir todos é um problema...

Não é para qualquer um. 

Os truques, os segredos, o imprevisível. 

Às vezes, dá até vontade de desistir...

Mas a vida... sempre arruma um jeito de nos entusiasmar e abrir o apetite. 

O tempo põe a mesa, determina o número de cadeiras e os lugares.

Súbito, feito milagre, a família está servida.

Fulana sai a mais inteligente de todas.

Beltrano veio no ponto, é o mais brincalhão e comunicativo, unanimidade.

Sicrano, quem diria? 

Solou, endureceu, murchou antes do tempo.

Este é o mais gordo, generoso, farto, abundante.

Aquele, o que surpreendeu e foi morar longe. 

Ela, a mais apaixonada. 

A outra, a mais consistente...

Já estão aí? Todos? Ótimo!

Agora, ponha o avental, pegue a tábua, a faca mais afiada e tome alguns cuidados. 

Logo, logo, você também estará cheirando a alho e cebola. 

Não se envergonhe de chorar.

Família é prato que emociona. 

E a gente chora mesmo. 

De alegria, de raiva ou de tristeza. 

Primeiro cuidado: Temperos exóticos alteram o sabor do parentesco. 

Mas, se misturadas com delicadeza, estas especiarias, que quase sempre vêm da África e do Oriente e nos parecem estranhas ao paladar tornam a família muito mais colorida, interessante e saborosa. 

Atenção também com os pesos e as medidas. 

Uma pitada a mais disso ou daquilo e, pronto: É um verdadeiro desastre.

Família é prato extremamente sensível.

Tudo tem de ser muito bem pesado, muito bem medido.

Outra coisa: É preciso ter boa mão, ser profissional. 

Principalmente na hora que se decide meter a colher.

Saber meter a colher é verdadeira arte.

As vezes o ídolo da família,  o bonzinho, o bola cheia que sempre ajudou azedou a comida só porque meteu a colher. 

O pior é que ainda tem gente que acredita na receita da família perfeita. 

Bobagem!

Tudo ilusão!

Família é afinidade, é à Moda da Casa. 

E cada casa gosta de preparar a família a seu jeito.

Há famílias doces. 

Outras, meio amargas.

Outras apimentadíssimas.

Há também as que não têm gosto de nada, seria assim um tipo de Família Dieta, que você suporta só para manter a linha. 

Seja como for, família é prato que deve ser servido sempre quente, quentíssimo. 

Uma família fria é insuportável, impossível de se engolir.

Enfim, receita de família não se copia, se inventa. 

A gente vai aprendendo aos poucos, improvisando e transmitindo o que sabe no dia a dia. 

A gente cata um registro ali, de alguém que sabe e conta, e outro aqui, que ficou no pedaço de papel.

Muita coisa se perde na lembrança. 

O que este veterano cozinheiro pode dizer é que, por mais sem graça, por pior que seja o paladar, família é prato que você tem que experimentar e comer. 

Se puder saborear, saboreie.

Não ligue para etiquetas.

Passe o pão naquele molhinho que ficou na porcelana, na louça, no alumínio ou no barro. 

Aproveite ao máximo.

Família é prato que, quando se acaba, nunca mais se repete!

Família: 

Feliz quem tem e sabe curtir, aproveitar e valorizar..."

Amem-se, Perdoem -se, Aceitem-se, Suportem-se e vivam como se hoje fosse o último dia que você vai estar com a sua família!

Família privilégio pra quem a tem!

Núcleo Assistencial Casa de Maria

http://centrocasademaria.blogspot.com.br/
e-mail: c.e.casademaria@gmail.com


Horários

Segundas às 19:30 - Escola Aprendiz Evangelho
Quartas às 20 horas - Tratamento / Passe / Palestras
Sextas às 20 horas - Trabalho interno do centro
Sábado às 09 horas - Evangelização Infantil
Domingos às 07 horas - Trabalho Assistencial 
com Moradores de Rua (café da manhã)

Rua Guaraciaba n 186, Jardim Barbosa, 
Guarulhos/SP, CEP 07111-020
Tel: (11) 96053-7773 / (11) 96461-2406

02 setembro 2016

UM ESPÍRITA NO UMBRAL


Um homem de 55 anos, espírita, sofreu um acidente e morreu de repente. Ele se viu saindo do corpo e chegando a um lugar escuro, feio, tétrico, com energias muito negativas.

Assim que começou a caminhar por aquele vale sombrio, viu três espíritos vestidos com capa preta caminhando em sua direção. Assim que chegaram, o homem perguntou:
– Que lugar é esse?
– Aqui é o que vocês espíritas chamam de umbral – disse um dos espíritos. O homem ficou chocado com aquela informação. Mal podia acreditar que estava no umbral. Considerou que talvez estivesse ali para participar de alguma atividade socorrista aos espíritos sofredores. O espírito negativo, que lia seus pensamentos, respondeu que não. Ele estava ali porque o umbral era a zona cósmica que mais guardava sintonia com suas energias.
– Mas isso é impossível!!! – disse o espírita em desespero. – Não posso estar no Umbral. Deve haver algum erro… Em primeiro lugar eu sou espírita, faço parte dessa religião maravilhosa que é considerada o consolador prometido por Jesus. Realizo também projetos sociais de doação de sopa aos pobres. Ministro o passo magnético duas vezes por semana a uma multidão de pessoas lá no centro. Também ajudo financeiramente instituições de caridade muito necessitadas, além de dar palestras no centro para os iniciantes no Espiritismo. Definitivamente há algo errado…
Não há nenhum erro – disse o espírito das sombras – Em seu atual estágio de evolução, você tem que ficar aqui mesmo. É verdade que você é espírita e faz parte desta doutrina consoladora, mas intimamente você julgava pessoas de outras religiões inferiores por não serem espíritas. Sim, você realizava projetos sociais dando sopa aos pobres, mas em seus pensamentos sentia-se o máximo praticando a caridade e julgava que os pobres não eram tão evoluídos por estarem amargando a pobreza, quando na verdade muitos deles eram mais puros que você. Sim, você ministrava o passe, mas considerava que seu passe era mais “poderoso” e mais curador do que o passe de outros passistas. Sim, você ajudava financeiramente instituições de caridade, mas dentro de ti sempre dava o dinheiro esperando receber algo em troca e sentindo-se alguém muito “caridoso”. E finalmente… Sim, você dava palestras aos iniciantes na doutrina, mas acreditava ter mais conhecimento que eles e se colocava numa posição de destaque e vaidade intelectual. Tudo isso suscitando uma das maiores chagas da humanidade, o “orgulho” e a “vaidade”.
O homem ficou impressionado com as revelações daquele espírito. De fato, revendo suas atitudes e sua perspectiva, intimamente havia quase sempre um sentimento de superioridade, de orgulho em relação aos outros, diante de tudo o que foi feito.
O espírita então olhou para dentro de si e começou a se arrepender de tudo aquilo, reconhecendo seu erro e sentindo-se mais humilde. Nesse momento, ele sentiu uma luz brilhando dentro dele e começou a se elevar. Ao perceber que estava se elevando e deixando o umbral, avistou outros espíritos ainda presos à condição umbralina e novamente lhe veio um orgulho e uma sensação de superioridade em relação aos mesmos. Após sentir isso, caiu novamente no umbral, e a queda dessa vez foi ainda mais dolorosa. Um dos espíritos trevosos disse:
– Você caiu novamente porque, no momento em que se elevava, começou a sentir uma certa superioridade em relação aos espíritos que aqui estavam, suscitando mais uma vez uma condição de orgulho. Além disso, “A quem muito foi dado, muito será exigido; e a quem muito foi confiado, muito mais será pedido.” (Lucas 12:48).
O homem ficou muito triste com tudo aquilo. Entrou dentro de si mesmo e com toda a sinceridade pensou: Sim, é isso mesmo. Eu fui uma pessoa arrogante por ser espírita e por tudo o que eu fazia. Esse orgulho neutralizou todo o mérito de minhas ações. Mas tudo bem, eu mereço estar aqui no umbral. Vou ficar por aqui mesmo, quem sabe eu aprendo alguma coisa. Não me importo mais comigo e entrego minha vida a Deus… Como disse Jesus, “Que seja feita a vontade de Deus e não a minha”.
O homem caiu no chão e apenas se entregou a Deus com fé. Nesse momento, não tinha mais nenhum sentimento de auto-importância. Fechou os olhos e deixou tudo fluir…
Nesse momento, seu corpo começou a se tornar um corpo de luz e, sem nem perceber, começou a se elevar novamente. Assim que chegou a uma zona mais elevada, abriu os olhos e, para sua surpresa, havia se libertado do umbral. Dessa vez, nem percebeu que estava se elevando e se libertando.
Um dos espíritos trevosos estava esperando por ele nesse plano mais elevado. Tirou a capa preta e uma luz maravilhosa começou a brilhar. O espírita percebeu que esse espírito não era negativo, mas um espírito de luz que o estava ajudando desde o início. O espírito disse:
– Tua renúncia de ti mesmo no último momento te salvou do umbral. Que tudo isso sirva de lição para você, meu filho. Toda essa experiência que você passou serve para os membros de qualquer religião. E não se esqueça jamais do que disse Jesus:
“Não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita.” (Mateus 6:3)

Fonte: http://www.verdadeluz.com.br/um-espirita-no-umbral/


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